terça-feira, junho 28, 2011

XEROXBALLA - Mais um militante da rua

Diretamente da cidade de Pouso Alegre (MG) este mineiro tem representado muito bem a cultura do basquete de rua no Brasil.

Com jogadas de efeito e moves cada vez mais desconcertantes, sua capacidade de evoluir está aumentando dia após dia, tornando-o assim, um dos mais novos talentos do streetball nacional.



Confira abaixo, um pouco do trabalho desempenhado pelo baller.

sexta-feira, junho 17, 2011

WarStreet - A nova safra do streetball brasileiro


Em uma época de grandes novidades no basquetebol brasileiro, é cada vez mais difícil vermos notícias, reportagens e programas televisivos reverenciando o streetball. Devido a esta falta de incentivo, nada fora do comun quando nos referimos aos esportes amadores, inúmeros praticantes da modalidade estão se tornando cada vez mais auto-didatas, ou seja, estamos aprendendo a nos articular e lutar pelos nossos ideais.

Em meio a este redemoinho de ações e projeções, streetballers do Brasil inteiro estão se unindo e multiplicando o número de equipes destinadas a revolucionar o atual quadro em que se encontra o basquete de rua brasileiro. Um bom exemplo deste fenômeno é o time Warstreet, um conjunto de ballers representantes da cidade paranaense de Maringa que, desde sua criação, tem adquirido cada vez mais destaque no cenário nacional.

Em entrevista exclusiva, Guilherme dos Santos Fernandes, mais conhecido nas quadras como "Derrame" nos relata em primeira mão sua tragetória dentro do basquete de rua.

Redação DASRUAS: Como foi o início da sua tragetória junto ao basquete de rua e como nasceu a idéia de formar sua equipe?

Guilherme: Me chamo Guilherme dos Santos Fernandes, e sou conhecido como Derrame pela rapazeada do Basquete. Quando entrei no Ensino Médio, por volta de 2005 e 2006, havia uma rapazeada que já jogava Streetball, algo que me despertou muito interesse, pois era um estilo que corria junto com o Hip Hop, algo que desde muleque curtia. E nessa época comecei a treinar basquete pelo time do colégio (Até hoje lamento por ter começado tarde), e de lá pra cá nunca mais o Basquete saiu da minha vida. Fui pesquisando vídeos, imitando os moves, sempre buscando melhorar tanto no Basquete convencional quanto no Streetball.

Eu e um amigo meu, Neguin (Rodrigo), éramos da mesma sala e jogávamos juntos, sempre nos intervalos e nos finais de semana. em Um dia desses o Neguin aparece na quadra com o cunhado dele na época, Du ( Eduardo). A partir disso montamos nosso trio e participávamos de eventos aqui na cidade mesmo. Demoramos para entrar em um acordo quanto ao nome do time, e decidimos o nome de War Street, dando sentido aos jogos difíceis que tínhamos nas quadras, como se fosse uma guerra mesmo. Então desenhamos o símbolo do time, e só depois de um bom tempo encontramos um sentido nele, “Nosso caminho através do Streetball para alcançar os objetivos almejados”, sendo que a bola representaria o Streetball, as flechas curvas e cruzadas representariam o caminho, e a coroa em cima seriam as conquistas.

 Com o tempo, sentimos necessidade de mais ballers, e assim o time foi crescendo e melhoramos muito nosso jogo e nosso principal objetivo no âmbito das competições é chegar no circuito nacional da LIIBRA.

Redação DASRUAS: Como você vê o crescimento da modalidade aqui no Brasil, o que acha que seria importante fazer para evoluir ainda mais o basquete de rua brasileiro ?

Guilherme: Sinceramente, atualmente é lamentável o desenvolvimento do Streetball no Brasil, ele surgiu com tudo no início dos anos 2000, mais precisamente no ano de 2003, quando a AND1(principal equipe de streetball do mundo) tornou-se conhecida mundialmente, tanto com os produtos, quanto os vídeos na Internet. Parecia que ia explodir dali em diante, mas durou mais alguns anos, e poucos continuaram.

Não é difícil entender o por que dessa queda e perca de adeptos, pois o incentivo é quase nulo, então a rapazeada começa a criar mais responsabilidades, ou perdem o pouco que tem (Se entregam as drogas, ao crime, etc), e nem nos momentos de lazer praticam o esporte.

Acho que deveriam haver mais competições para o Streetball, e projetos que ensinam o Basquete de Rua, nos aspectos históricos-sociais e também, por que não, nas técnicas?! Seria muito legal termos a mulecada fazendo aulas de basquete de rua, aprendendo a fazer um freestyle sincronizado, jogadas de efeito e apresentações em suas cidade, ao invés de estarem apenas circulando pelas ruas de seus bairros a merce dos males do mundo. E nisso já é incluída a parada social e conscientização, e desses mesmos lugares podem surgir futuros atletas de ponta. Mas isso depende muito do interesse e investimento do Governo, algo muito difícil de acontecer, mas ainda acredito em algo do tipo, e pretendo fazer algo na minha cidade num futuro próximo, já tive uma experiência em organizar evento (Não é nada fácil, acredite), e como estou estudando Educação Física no nível superior, acho que ainda tenho muito a contribuir.

Redação DASRUAS: Na sua cidade, existem muitos jogadores de streetball ou a grande maioria  prefere jogar dentro das normas oficiais?

Guilherme: Aqui em Maringá são pouquíssimos que jogam Streetball mesmo, além dos jogadores WarS treet encontra-se o time Arca de Noé, que corre junto com o War, amigos nossos. A partir disso é quase um milagre encontrar um streetballer nessa cidade, a maioria joga basquete convencional mesmo.

Redação DASRUAS: Podemos ver através de vídeos e matérias que vocês da  War Street são os pioneiros da modalidade na região. Como foi este  processo, sofreram algum tipo de preconceito ou foi tudo numa boa?

Guilherme: Quanto a isso foi de boa, raramente sofremos algum tipo de preconceito, pelo povo em geral acho que nenhum, mas por alguns que jogam basquete convencional e não aceitam o Street sempre tem. Como já foi dito, os pioneiros mesmos não foram nós, mas dos que começaram, todos pararam, então um dos times mais organizado e consolidado voltado para o Streetball é o War Street, que sempre se manteve ativo.

Redação DASRUAS: Para finalizarmos, gostaria de mandar um salve ai para a galera que acompanha nosso blog?

Guilherme: Ae rapazeada, você que joga Streetball ou gostaria de começar a jogar, vá em frente não desanima não, se você tem um sonho, vai atrás e pare de arrumar desculpas!!

Encha o saco da Secretaria de Esportes de seu município, bota a cara a tapa, aparece na TV, ou qualquer coisa, mas não desista, INSISTA!!!

De mais, gostaria de agradecer a todos por tudo, a família DAS RUAS, time que me inspiro muito, e que sempre desempenhou um papel importante na cena, ao Kblo, irmão que ainda vou conhecer pessoalmente.

 - Para ficar por dentro de mais informações referentes à equipe WarStreet é só seguir os links abaixo.

 WarStreet no Youtube

 WarStreet no Blogspot.com